{gosto de o chamar princípio da incerteza / incerteza do princípio}
volta para os meus dedos,
coração de papel.
nas escadas espiraladas
vejo-te em cima do meu rosto
com aquela luz de inverno
a incidir na cara fria.
chamo-te
de voz espiralada
contra a maré vaga das negações
que não podem ser mencionadas.
na confusão
das paredes que se fecham
existem fechaduras e arreios
uma abstinência do sangue que se perdeu.
somos filhos perdidos
de um pai incógnito
e a base de toda a corda
que fingimos esticar
é o princípio da incerteza
de quem não pode enxergar.
volta para casa
se a rua não é o teu lar
que oiço e vejo mendigos
que no espírito grandioso
são melhores do que eu
volta para os meus dedos,
coração de papel.
nas escadas espiraladas
vejo-te em cima do meu rosto
com aquela luz de inverno
a incidir na cara fria.
chamo-te
de voz espiralada
contra a maré vaga das negações
que não podem ser mencionadas.
na confusão
das paredes que se fecham
existem fechaduras e arreios
uma abstinência do sangue que se perdeu.
somos filhos perdidos
de um pai incógnito
e a base de toda a corda
que fingimos esticar
é o princípio da incerteza
de quem não pode enxergar.
volta para casa
se a rua não é o teu lar
que oiço e vejo mendigos
que no espírito grandioso
são melhores do que eu
1 comentário:
muito bonito :)
fico contente se apareceres na faculdade... nunca lá fui e sinto-me um bocadinho perdida... se vieres, diz-me logo quem és pra eu ficar mais à vontade :)
beijinhos*
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