{na rua onde nasci não há morte
e as pessoas vão aparecendo}
deste lado da rua
sou eu e mais uns poucos
que damos vivas à existência.
do outro lado alvitram
os castigadores da crua banalidade,
dos pudores escondidos
em castiçais de chama pendente.
e refilam
por não considerarem a existência
como o todo em si.
ao que eu me rio,
deste lado da rua,
dando vivas à existência,
dando vivas a mim.
percorro, então, os caminhos
para deixar pegadas
fósseis do meu peso na terra
que é minha
porque a sinto
no prolongamento dos dedos
contrai-se todo o espaço
à imponência de um fémur
e segue o meu corpo
que começa n' aorta
acaba onde me sonho
e grito
dando vivas à existência,
dando vivas a mim.
{o mundo é que se vai esquecendo de algumas delas}
e as pessoas vão aparecendo}
deste lado da rua
sou eu e mais uns poucos
que damos vivas à existência.
do outro lado alvitram
os castigadores da crua banalidade,
dos pudores escondidos
em castiçais de chama pendente.
e refilam
por não considerarem a existência
como o todo em si.
ao que eu me rio,
deste lado da rua,
dando vivas à existência,
dando vivas a mim.
percorro, então, os caminhos
para deixar pegadas
fósseis do meu peso na terra
que é minha
porque a sinto
no prolongamento dos dedos
contrai-se todo o espaço
à imponência de um fémur
e segue o meu corpo
que começa n' aorta
acaba onde me sonho
e grito
dando vivas à existência,
dando vivas a mim.
{o mundo é que se vai esquecendo de algumas delas}
1 comentário:
gosto muito, fábio. o nosso peso na terra é tão ínfimo que temos de criar para pesarmos mais :) um beijinho grande e obrigada por teres aparecido. gostei muito de te ver!
Enviar um comentário