25.4.10

duplo VI


contra a força do fugitivo
um escárnio de quem vê de fora
algemas de ardor e de medo
uma mancha num verso de elegia
a família que vai sozinha para o degredo
na terra muitas valas de lamentação
não há perdão para este enredo
de tantos pés sem homens
são estas as estrias dos mal-aventurados
em arcaicos lençóis freáticos

fica a fraqueza dos que ficam a guardar a entrada do fim


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