III
O cão lambia os rostos
Dos enfermos que repousavam, embriagados,
Nas superfícies rugosas.
Nas patas trazia o cheiro a malte e a cola seca
No estômago os restos de uma noite para tantos azarada.
Vagueava, aventureiro, no espaço baço dos que ficaram
Sem conseguir regressar a casa
Arfava no meio dos corpos e todo o seu respirar
Era purificação dos organismos embebidos em cerveja.
A todos lambia a face e recebia um sorriso
Daqueles que perecem durante um ano
Sabe o cão e sabem eles
Que nas voltas e voltas do tempo
Terão tempo para ali voltar.
fs
O cão lambia os rostos
Dos enfermos que repousavam, embriagados,
Nas superfícies rugosas.
Nas patas trazia o cheiro a malte e a cola seca
No estômago os restos de uma noite para tantos azarada.
Vagueava, aventureiro, no espaço baço dos que ficaram
Sem conseguir regressar a casa
Arfava no meio dos corpos e todo o seu respirar
Era purificação dos organismos embebidos em cerveja.
A todos lambia a face e recebia um sorriso
Daqueles que perecem durante um ano
Sabe o cão e sabem eles
Que nas voltas e voltas do tempo
Terão tempo para ali voltar.
fs
3 comentários:
Quando um cão pode ser a companhia de todas as solidões...
Um texto denso mas muito belo.
Um abraço.
sempre a crescer. orgânico. visceral. belo.
beijo.
gosto muito deste cão no teu poema :) um beijinho grande.
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