11.1.09

Apelo ao exílio

É altura de rasgar o que se ganhou,

Emoldurar o que se perdeu,

Ir roubar a quem nos deu

O sonho e o manipulou.

Conquistar o corpo desmembrado

Torná-lo uno ao cosê-lo

Animando e revestindo de pêlo

O outrora ser equilibrado.

Que cada indivíduo é uma pedra no charco

E as ondas emitidas o reflexo

Das acções e tempo sem nexo

De um trono sem arco.

Começar a revolução pessoal:

Restringir o coração

Para a sua influência não ultrapassar o chão

E nos deixar simples animal.



Nada mais nos resta senão exilar o coração.



fs

5 comentários:

Mel de Carvalho disse...

Fábio,
aqui, além e mais ali, lê-lo é sempre um enorme prazer.
seja qual for o registo.

um até já.
abraço fraterno
Mel

Graça Pires disse...

Exilar o coração num sonho maior...
Um abraço.

isabel mendes ferreira disse...

asilo-me.


aqui.


em branco.


belo.


beijo.

Jroc disse...

Não restrinjas o teu coração...não são só os "altos" que comandam a nossa vida, os "baixos" também, aliás são eles os mais importantes porque ensinam-nos qual o melhor caminho a tomar!

Pois e não, não quero perder aqueles que tenho, são importantes demais para isso acontecer. Apesar de não nos podermos ver com tanta regularidade por causa destes "fenómenos de vida", há sempre lugar para eles cá dentro...SEMPRE :)*

beijinho*

freespirit disse...

Ser a máquina que não sente e que insere o cérebro onde devia estar o coração.

É tudo um problema de hardware.

Abraço