dos poemas passados,
de mão dada com a imperfeição,
consagrando-a.
.o poema dos outros.
Há na rua um covil
Daqueles cujo nome esquecemos
Daqueles que a vida lemos
E que fizeram das palavras um ardil.
Nas histórias deles sonhamos
O que está para lá das curvas das estradas
Das personagens por nós amadas
Onde por elas aos outros chegamos.
Que há na vida uma manha
Do tamanho do que enxergamos
Uma voz a que nos vergamos
Num sopro que a vontade banha.
escrito em Novembro de 2008
______________________________
.sonhos.
Silêncio.
No palco da almofada
discurso à multidão ajoelhada.
Súbditos fiéis.
Que nos meus sonhos
Eu governo o mundo.
escrito em Maio de 2008
_____________________________
.sabes, irmã, sou triste.
Desenho pequenas palavras na noite
com a caneta que a minha irmã me ofereceu.
Não sabes como te enganaste,
julgaste-me luz e todo eu sou breu.
Repara no poço que, em mim,
deixa pendente o teu orgulho,
julgaste-me guerreiro, sou benjamim,
e de desamparos sou um entulho.
Não me vaticines o futuro
que sou um homem de passados,
um automóvel parado por um furo
perpetuando sonhos não cimentados.
(Ó luzes do quarto!
Quando se apagarem,
Levem-me convosco)
Sabes, irmã, sou triste.
E isso entristece-me.
escrito em Março de 2008
___________________________________
Eu era feliz e ninguém estava morto.
de mão dada com a imperfeição,
consagrando-a.
.o poema dos outros.
Há na rua um covil
Daqueles cujo nome esquecemos
Daqueles que a vida lemos
E que fizeram das palavras um ardil.
Nas histórias deles sonhamos
O que está para lá das curvas das estradas
Das personagens por nós amadas
Onde por elas aos outros chegamos.
Que há na vida uma manha
Do tamanho do que enxergamos
Uma voz a que nos vergamos
Num sopro que a vontade banha.
escrito em Novembro de 2008
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.sonhos.
Silêncio.
No palco da almofada
discurso à multidão ajoelhada.
Súbditos fiéis.
Que nos meus sonhos
Eu governo o mundo.
escrito em Maio de 2008
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.sabes, irmã, sou triste.
Desenho pequenas palavras na noite
com a caneta que a minha irmã me ofereceu.
Não sabes como te enganaste,
julgaste-me luz e todo eu sou breu.
Repara no poço que, em mim,
deixa pendente o teu orgulho,
julgaste-me guerreiro, sou benjamim,
e de desamparos sou um entulho.
Não me vaticines o futuro
que sou um homem de passados,
um automóvel parado por um furo
perpetuando sonhos não cimentados.
(Ó luzes do quarto!
Quando se apagarem,
Levem-me convosco)
Sabes, irmã, sou triste.
E isso entristece-me.
escrito em Março de 2008
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Eu era feliz e ninguém estava morto.