6.3.09

Estrangeiro ambidestro

Escrevo direito por linhas tortas.
Falo direito para ruas povoadas.
Nas emoções sou um pobre ambidestro.

Não me mates agora,
espera pelo dia e pela hora.

Não morras tão cedo,
tenho todo o amplexo do ar para te dar em segredo.

Não me sussurres e apontes o dedo,
falas uma língua que não compreendo.

A minha pele
- eu, tudo o que é meu e meu nos outros -
é a de um estrangeiro foragido.




fs

6 comentários:

Graça Pires disse...

Ser um estrangeiro foragido e um pobre ambidestro nas emoções. Muito belo.
Beijos.

isabel mendes ferreira disse...

escreve. escreve tão direito por dentro de linhas redondas que é sempre um re.prazer ser estrangeira nesta terra de esquissos que alastram.


beijo.

Texto-Al disse...

versos eloquentes:)

T.

freespirit disse...

Escolher a hora para voltar a viver.
Que às vezes estamos mortos sem dar conta.

Abraço amigo :)

Pedro S. Martins disse...

viajado pela pastorosa vida de fora.

bruno vilar disse...

Belo poema. um "Viva" directamente do Nómada.