Garridos, curtos e estonteantes,
São os sonhos de quem os sonhou.
Perdi a conta de quem os montou tão fascinantes,
Mandar perturbar o homem que, de tanto ver, cegou!
Dizer que a pobre retina distorcida
Pecou por exagero de visões
É negar a armazenada história cognitiva
Deste homem que, no coração, só tinha alçapões.
E perdoe-se a este senhor cego
Pretender ver o que não se pode perceber.
Que se prenda no seu peito o temível prego
Dos avisos da ambição a temer!
Porque em tudo nestes ensaios existenciais camuflados de vida
Se ignora a destapada e pérfida ferida.
E tudo
Contudo, tão pouco,
Se resume a dar o dito por não dito.
F.S.
2 comentários:
Não tenho palavras.....
Simplesmente lindo.
S.V.P.
talvez cego, mas não invisual. aí reside a diferença. obrigada pela invasão sonora. também gostei ;)
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