uma maçã na tua boca eu fui trincar,
chamei-te mãe chamaste-me doce,
do teu colo equacionei o mar,
nem que um mísero esboço fosse.
nos dias antes de Édipo
demos ao deserto uma nova coloração,
de rubro o pintámos em traços frénicos
roubámos também às andorinhas a estação.
como os líquenes na pedra húmida
crescemos os dois entre as lascas,
clamei logo por vinculação desmedida
a fim de hipotecarmos, eu bem sei,
a história das nossas fichas
{mãe, o mundo precisa do meu assobio para existir}
chamei-te mãe chamaste-me doce,
do teu colo equacionei o mar,
nem que um mísero esboço fosse.
nos dias antes de Édipo
demos ao deserto uma nova coloração,
de rubro o pintámos em traços frénicos
roubámos também às andorinhas a estação.
como os líquenes na pedra húmida
crescemos os dois entre as lascas,
clamei logo por vinculação desmedida
a fim de hipotecarmos, eu bem sei,
a história das nossas fichas
{mãe, o mundo precisa do meu assobio para existir}
1 comentário:
gostei muito, fábio. um beijinho e bom fim-de-semana!
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